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CORPUS NATIVUS
Sob o conceito de corpus nativus, sigo a iconologia dos fatos amazonianos que me revelam, nos corpus dos nativos amazônicos, as correspondências simbólicas que se mesclam com a floresta, dessa metamorfosse cultural surgem a fé nos mitos, a força, os poderes que estão presentes nos nomes das pessoas que habitam a floresta. Elas pintam seus corpos para empunhar uma crença, estabelecer elo com os tipos de alimentos que consomem, fazem das festas a brincadeira e o sustento espiritual, que os rituais são essencialmente coerente com o seu modo de vida e tantas outras coisas importantes.
Pinto com o filtro conceitual e ideológico, isso me permite alcançar um grau de abstração que mexe com meus sentimentos, faz eu escolher uma paleta de cores que se aproxima com o espírito da floresta. Esse desejo de manter a linha coerente com o discurso pectórico é o desafio da poesis, nesse caso de conseguir pintar os corpos sem tocar neles.
Esta coleção é presente e se desenvolve na perspectiva de promover o invisível na superfície do sensível na tela. Não vejo outro modo de fazer isso sem a força viva; preciso ao mesmo tempo me distanciar, para não ser parte do clichê iconográfico, e me aproximar para poder ter certeza de que estou conseguindo entender o desafio do ecomorfismo incoporado na ideia central do conceito pressuposto.
Para o público isso toma duas trilhas estéticas: uma que vai exigir que pense mais do que o habitual; e a outra é o encontro com a visualidade que encanta. É um proposito e ao mesmo tempo uma armadilha. Posto que, o público ao se entregar, domesticamente, à visualidade se trai pelo prazer e apenas o ser não é suficiente para conseguir ir além da superfície revelada, ler é antes de tudo ter; o outro aspecto é que sem nenhum entendimento pode-se morrer de tédio ou euforia, por não se saber o porquê de tudo isso.
Ai vai. Descubra ou silenciosamente.

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